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Amazonas recebe prêmio nacional e governador Wilson Lima destaca potencial estratégico do gás natural

Reconhecimento reforça importância do Estado na agenda da transição energética
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FOTOS : Diego Peres/Secom

Durante o reconhecimento do Amazonas pelo prêmio concedido ao projeto “Gás Natural do Amazonas como Indutor do Desenvolvimento Socioeconômico”, o governador Wilson Lima destacou a defesa do aproveitamento do gás natural e da mineração como vetores para o desenvolvimento econômico e a transição energética. A premiação foi entregue durante a abertura do Congresso Brasileiro de Minas e Energia (CBME 2025), na noite de segunda-feira (22/09) em Brasília, que reuniu autoridades, especialistas e representantes do setor de todos os estados brasileiros.

O governador ressaltou que, apesar das dificuldades, o Amazonas conseguiu avançar com projetos estruturantes. “O gás natural e a mineração são importantes para o desenvolvimento econômico da nossa população, para a segurança alimentar do planeta e são fundamentais para a transição energética”, afirmou.

Durante o evento, Wilson Lima também reforçou a necessidade de conciliar preservação ambiental e benefícios sociais. “Não faz sentido nenhum preciosismo em relação ao meio ambiente, se você não preservar o mais importante: o cidadão, que necessita que essa riqueza seja transformada em benefício para ele e sua comunidade. Coloco o Amazonas à disposição para que a gente possa enriquecer essas discussões”, disse.

O secretário de Estado de Energia, Mineração e Gás (Semig), Ronney Peixoto, ressaltou o papel do Estado no debate nacional. “Este reconhecimento mostra que o Amazonas não apenas acompanha, mas também lidera as iniciativas que colocam a energia como motor do desenvolvimento sustentável. Estamos comprometidos em transformar nossas potencialidades em benefícios concretos para a população”, declarou.

Além de integrar a programação do CBME, o secretário também participou das atividades do Fórum Nacional de Secretários de Minas e Energia, do qual é presidente. O fórum, que reuniu mais de 15 secretários estaduais teve encontro com o senador relator da Lei do Gás, senador Laércio Oliveira (PP-SE), para discutir questões relacionadas ao preço do insumo no país.

Premiação

A premiação simboliza o avanço conquistado pelo Amazonas desde a quebra do monopólio do gás, em 2021, que permitiu maior competitividade e investimentos privados no setor. O destaque atual é o Complexo do Azulão, em Silves, considerado a maior reserva em terra (onshore) de gás natural do Brasil, com até 100 bilhões de metros cúbicos (m³). O empreendimento já recebeu R$ 5,8 bilhões em investimentos privados, gerou mais de 5 mil empregos e produz atualmente 480 milhões de m³ por mês, o que representa cerca de 9,3% da produção nacional.

O gás do Azulão também viabilizou a construção da primeira usina a gás natural do Norte do país, em Manaus, fruto de parceria com a Super Terminais. O empreendimento vai atender operações portuárias, reduzindo custos logísticos e emissões, com utilização do gás do interior do Estado.

Outro avanço estratégico é a integração energética entre Manaus e Boa Vista, que permitirá o envio da energia do Azulão para Roraima e sua conexão ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A linha de transmissão de 500 quilovolt (kV), com 724 quilômetros de extensão e três subestações, vai pôr fim à dependência do diesel em Roraima, eliminando o tráfego diário de 120 caminhões-tanque. A partir de 2026, o Amazonas se tornará exportador de energia.

Além do gás, o Estado também tem investido em fontes renováveis, como a energia solar, que registrou crescimento de 528% entre 2021 e 2024. Atualmente, 48 municípios já contam com sistemas conectados, com R$ 250 milhões investidos até 2024, e outros R$ 200 milhões projetados para 2025, principalmente no interior.

Congresso

A abertura do congresso contou com a presença de autoridades nacionais e representantes do setor, como Marcelo Gomes, diretor do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia (MME); Daniel Maia Vieira, diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP); Carlos Quintela, diretor da FGV Energia; Mauro Souza, diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM); Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); Márcio Félix, chairman do CBME; e Lino Cançado, presidente da Eneva.

O CBME 2025, realizado na segunda-feira e nesta terça-feira (22 e 23/09), em Brasília, reúne autoridades, especialistas e representantes de todos os estados brasileiros. Entre os temas debatidos estão as novas fronteiras do petróleo e gás, os caminhos da transição energética, os minerais críticos e a mineração como vetor de desenvolvimento socioeconômico.

 

*Com informações da assessoria 

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