O Amazonas segue figurando entre os estados com os combustíveis mais caros do país. Dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) mostram que, na primeira quinzena de dezembro, o etanol comercializado no estado teve o maior preço médio do Brasil, enquanto a gasolina no Norte liderou o ranking regional.
Em um cenário de alto custo de vida, os valores nas bombas continuam pesando no orçamento dos consumidores amazonenses. Segundo o levantamento, o preço médio da gasolina no país permaneceu estável em R$ 6,33, repetindo o patamar registrado na mesma quinzena de novembro. Já o etanol apresentou aumento de 1,81% no período, chegando à média nacional de R$ 4,50.
Apesar da estabilidade observada em nível nacional, a região Norte manteve os preços mais elevados. A gasolina registrou queda de 0,44%, mas ainda assim apresentou a maior média regional do país, de R$ 6,79. No caso do etanol, o Norte continuou isolado no topo do ranking, com preço médio de R$ 5,20, mesmo após leve recuo de 0,19%.
No recorte por estados, o Amazonas liderou o ranking do etanol mais caro do Brasil, com preço médio de R$ 5,45. Embora tenha havido uma pequena redução de 0,37% em relação à quinzena anterior, o valor permanece bem acima da média nacional. Em contraste, a Paraíba registrou o etanol mais barato do país, a R$ 4,29.
Especialistas apontam que os preços elevados no Amazonas estão ligados a fatores estruturais, como custos logísticos elevados, dependência do transporte fluvial e rodoviário e menor concorrência entre distribuidoras. Esses fatores fazem com que reduções observadas em outras regiões cheguem de forma mais lenta ao consumidor local.
No cenário nacional, a gasolina mais cara foi registrada em Roraima, com média de R$ 7,41, enquanto o menor preço foi encontrado na Paraíba, a R$ 6,08. Para o etanol, Minas Gerais teve a maior alta do período, com aumento de 2,90%, e o Rio Grande do Norte apresentou a maior queda, de 5,56%.
De acordo com a Edenred Mobilidade, o etanol tem sido a opção mais econômica frente à gasolina em 11 estados brasileiros, principalmente no Centro-Oeste. No Amazonas, porém, a diferença de preços limita a competitividade do biocombustível, reduzindo as opções de economia para o consumidor.
O IPTL é elaborado com base em dados de cerca de 21 mil postos credenciados em todo o país, a partir de milhões de transações diárias, e é considerado um dos principais indicadores do comportamento dos preços dos combustíveis no Brasil.









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