Comum em diversas partes do mundo, a possibilidade de uma rede elétrica enterrada em Manaus é descartada pela concessionária Amazonas Energia, o motivo, é claro, o custo para o processo de instalação.
Mal sabe a concessionária que, ao optar pelo processo de instalar a rede de energia elétrica enterrada, faria “cair por terra” o obstáculo criado pelos vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM), que consideram os medidores aéreos equipamentos que provocam poluição visual.
A afirmativa de que ocorre a poluição visual foi confirmada, inclusive, pelo diretor institucional da Amazonas Energia, Raydir Gomes, ao relacionar os emaranhados de fios de internet nos postes, não tão diferentes dos equipamentos da concessionária, com a dita poluição visual.
Raydir já foi infeliz ao afirmar que a rede elétrica não pode ser enterrada. Mas, o gerente só pensou nas discussões lucrativas e de aperfeiçoamento profissional que a empresa teria que passar para atender o público em um novo formato na prestação do serviço.
O gerente, talvez por falta de conhecimento, ou até pela política de “lucrar” por parte da empresa, não sabe das vantagens que o aterramento da fiação elétrica promoveria, como: redução de riscos de acidentes e melhorias na estética urbana.
Mas, vale lembrar, que a instalação subterrânea é mais cara e complexa do que a rede aérea, e a manutenção também é mais difícil e cara, como foi informado na Engenharia360.
Neste contexto, cabe a pergunta. Falta interesse ou capacidade técnica por parte da Amazonas Energia?
Justiça
Vale lembrar que a Justiça Estadual proibiu a instalação dos novos medidores, em uma polêmica jurídica e política que se arrasta desde o início de 2022.
Recentemente, em nova decisão proferida pelo desembargador Lafayette Carneiro, nesta segunda-feira, 18, o processo que trata da discussão foi encaminhado à Justiça Federal do Amazonas.
O motivo, foi o pedido de participação nos autos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Mal assessorada
Os imbróglios da Amazonas Energia talvez estejam entranhados em toda estrutura da concessionária, levando em consideração que, recentemente, lançou propaganda em que afirma que “quem é contra os medidores aéreos, é a favor do crime”.
O “comercial” gerou para Concessionária um pedido de indenização de R$ 3 milhões.
A Defensoria Pública do Amazonas (DPE) considerou o conteúdo difamatório.
Resta saber quais os próximos capítulos da discussão envolvendo a empresa no Amazonas que já coleciona diversos processos que pedem indenizações milionárias.
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