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Aluna que ateou fogo em colega também queria usar faca no crime, diz PM

No momento do ataque, dezenas de estudantes estavam na área comum do colégio. Houve gritaria, choradeira, correria e confusão.
Foto: Divulgação

A estudante de 19 anos que ateou fogo em outra aluna, na fila do lanche, dentro de um colégio estadual da capital de Goiás, planejava também esfaquear a vítima. É o que relatou o sargento da Polícia Militar de Goiás (PMGO) Rosimar Rodrigues, que atendeu a ocorrência. As informações são do Metrópoles.

A vítima, de 17 anos, ficou com cerca de 70% do corpo queimado, de acordo com relatório médico inicial. A atendente Islane Xavier jogou álcool na adolescente no horário do recreio e ateou fogo, na noite de 31 de março deste ano.

O episódio causou comoção na escola. No momento do ataque, dezenas de estudantes estavam na área comum do colégio. Houve gritaria, choradeira, correria e confusão.

Assim que foi detida pela PMGO, a agressora relatou que planejou a morte da colega depois de ter ouvido a vítima debochar do seu bronzeamento, no dia anterior.

Conforme levantado, Islane premeditou o ataque. Além do material para atear fogo na vítima, ela levou para a escola uma faca de aproximadamente 15 centímetros e um canivete multifunção com cerca de 10 centímetros de lâmina, segundo a Polícia Civil. As armas foram apreendidas.

Gritos de dor

No dia seguinte ao crime, o perfil no Instagram do Colégio Palmito, no Setor Novo Mundo, região leste da capital, comunicou: “Aconteceu uma tragédia em nossa escola ontem à noite”.

Um dos primeiros a chegar no colégio depois do crime, o sargento Rosimar descreveu uma cena de horror em seu depoimento na delegacia. Estudantes estavam em prantos e desesperados, por causa de toda a violência.

A vítima de 17 anos foi encontrada dentro de uma sala de aula. Estava deitada no chão, gritando de dor. Não conseguia sequer falar. Apresentava nítidas queimaduras nas costas, braços e parte da cabeça e cabelo.

“Uma situação bastante atípica no meio policial”, resumiu o sargento.

Logo em seguida, o Corpo de Bombeiros chegou e a adolescente foi atendida. Ela chegou a ser intubada, mas já respira espontaneamente, segundo o boletim médico do Hospital de Urgências da Região Noroeste (Hugol) de sexta-feira (8/4).

Mas o estado segue considerado grave.

Frieza

Logo depois do crime, Islana foi levada para a sala da secretaria, onde foi vigiada por servidores do colégio até a chegada da PM.

O sargento Rosimar disse que a suspeita, sem qualquer hesitação, confessou a intenção do homicídio para a equipe.

Ela estava “sentada, sem demonstrar nenhum tipo de emoção, seja de tristeza, raiva ou arrependimento, completamente neutra”, relatou o policial.

Islana teve a prisão em flagrante convertida em preventiva. Em seu interrogatório, ela preferiu não falar sobre o crime. No documento, consta que a jovem já esteve internada em instituição de proteção de menores ou casa para tratamento de doença mental.

Investigação

O advogado da suspeita, Juracildes Gramacho, disse ao Metrópoles que só vai falar sobre o caso após a conclusão do inquérito, quando tudo será esclarecido. A diretora do colégio, Juliana dos Santos, afirmou ao portal que não é o momento de falar sobre o assunto, pois não quer interferir no andamento das investigações.

“O que podemos fazer é orar pelo restabelecimento da saúde da aluna”, disse a diretora.

No dia seguinte ao crime, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informou que está acompanhando o caso e colaborando com a Polícia Civil, além de oferecer apoio à família da vítima. Também será feita uma apuração interna do órgão.

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