O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) defendeu a necessidade de uma reforma política no Brasil para diminuir o número de partidos, em entrevista à CNN Brasil.
O que Alckmin disse?
Ele pontuou o quão diferentes são os pensamentos políticos no país, inclusive que, mesmo dentro dos partidos políticos, há posições divergentes, e destacou a quantidade de partidos no país. Atualmente, há 31 partidos no Brasil, segundo o site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Ainda sobre divergências, Alckmin abordou também a grande frente partidária que forma o governo Lula e admite que muitos pensam de formas diferentes, mas defende a pluralidade dentro da gestão. “Acho muito bom não pensarmos de maneira idêntica. Em uma convivência em que não pensam todos iguais, você busca acertar mais. Erra menos quem ouve mais”, afirmou.
Apesar das diferenças, o vice-presidente destacou a convivência com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet. Ele disse ainda ser positivo que eles não pensem de “maneira idêntica”.
O Brasil é campeão dos partidos políticos. É absurdo ter mais de 20 partidos políticos, eu defendo uma reforma política para reduzir isso para 4 ou 5. Vai chegar lá”.
Mudanças e o momento do PSDB
Alckmin não se esquivou da pergunta sobre o PSDB, seu antigo partido, e disse que saiu após perceber que a legenda começou a ter “dono”. “Fui lá, fiquei 33 anos e fiz grandes amizades, mas quando vi que o PSDB estava começando a ficar uma coisa meio de dono, falei: ‘Não vou brigar aqui dentro'”.
O vice-presidente afirmou que o partido sempre foi “meio paulista” e “frágil” nos outros estados brasileiros. “Fui candidato à presidente e sei disso. Você saia um pouco de São Paulo [e via] que o partido era muito frágil”.
Ele também disse, “de coração aberto”, que não tem nenhuma pretensão de ser candidato à presidente da República em 2026.
O candidato natural é o presidente Lula. Quando se tem reeleição, o titular é o candidato natural”.
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