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Acusado de esconder Lázaro Barbosa, fazendeiro que virou réu morre em Goiás

Segundo o representante legal, Elmi sofreu um infarto e foi socorrido em um hospital não informado pela família, mas não resistiu e acabou morrendo.
Imagem: Reprodução/Record TV

fazendeiro Elmi Caetano, réu acusado de ter ajudado Lázaro Barbosa durante fuga em Águas Lindas (GO), morreu ontem, aos 74 anos, após sofrer um infarto, confirmou o advogado dele, Ilvan Barbosa ao UOL. Segundo o representante legal, Elmi sofreu um infarto e foi socorrido em um hospital não informado pela família, mas não resistiu e acabou morrendo.

Elmi chegou a ser preso no ano passado e passou 20 dias na cadeia pública de Águas Lindas. Ele foi solto em julho e estava utilizando tornozeleira eletrônica.

À época, ele foi acusado de ter facilitado a fuga de Lázaro, morto no dia 28 de junho, após ser procurado por uma força-tarefa durante 20 dias.

O caseiro Alain Reis de Santana, que havia completado apenas 21 dias trabalhando para Elmi, disse em depoimento que Lázaro teria passado cinco dias no local com a autorização do fazendeiro. Ele havia dito, ainda, que não avisou a polícia por medo do criminoso e do patrão. Segundo ele, o próprio Elmi ordenou que não deixasse a polícia entrar na chácara, o que o fazendeiro negou.

Após a prisão, Ilvan Barbosa havia afirmado ao jornal O Globo que o fazendeiro não representava risco à ordem pública e que estava com a saúde debilitada, fazendo tratamento para câncer e apresentava quadro com hipertensão e diabetes.

‘Massacrado’

Em agosto, Elmi quebrou o silêncio e falou a respeito do caso e afirmou que ele e sua família estavam sendo “massacrados” depois que sua prisão foi divulgada pela imprensa.

lázaro - Reprodução - Reprodução
Lázaro Barbosa, cuja busca mobilizou centenas de agentes

Imagem: Reprodução

“Nunca vi esse cara, nunca, nunca. Não conhecia. Vi através da foto que vocês colocaram na televisão, só. Nunca conheci”, disse Elmi em entrevista à Record TV, alegando que Lázaro nunca esteve em sua propriedade.

Fui injustiçado. Estou sendo injustiçado. Eu e minha família estamos sendo massacrados. Eu sou um coitado, aposentado. Não consigo nem pagar um caseiro.

Um processo contra Elmi movido pelo Ministério Público ainda corre na Justiça. A última movimentação, segundo o TJ-GO (Tribunal de Justiça de Goiás) ocorreu em novembro do ano passado. Ainda não há informações se a ação será arquivada após a morte do fazendeiro. No entanto, o advogado afirmou ao UOL que pretende provar a inocência do fazendeiro na Justiça. “Vamos seguir o processo. Mesmo que o juiz peça o arquivamento, vamos manifestar no sentido que o processo ocorra para que fique provada a inocência do Sr. Elmi Caetano, para que a família venha a ter a decisão favorável ao nome dele e para que parem de julgar e condenar o Sr. Elmi”, defendeu.

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