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Manaus,

Colunista

José Melo

A fúria da natureza e a inércia das ações

A Europa enfrenta uma intensa onda de calor, com alertas de saúde e risco de incêndios florestais na França, Portugal, Itália e Grécia.

Nos Estados Unidos, o estado do Texas foi atingido por fortes tempestades e enchentes, resultando na morte de 111 pessoas — incluindo crianças —, 173 desaparecidos e um
prejuízo estimado em US$ 3,6 bilhões. Na América do Sul, o frio extremo atinge Chile, Argentina e Uruguai.  No Brasil, o calor se intensifica no Mato Grosso, prenúncio de uma grande estiagem.
Aqui no Amazonas, os rios já entraram na fase de vazante, e devemos nos preparar para mais uma seca severa.

A natureza continua reagindo com fúria destruidora devido às mudanças climáticas. No entanto, as nações que mais poluem — como Estados Unidos, China e Rússia — continuam sem apresentar ações concretas para mitigar esses impactos. Pelo contrário: seguem incentivando o uso de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás, e mantendo seus parques industriais em pleno funcionamento.

Os dois maiores poluidores por desmatamento e uso do solo para pecuária e agricultura — Brasil e Indonésia — têm feito pouco para conter de fato as queimadas e o desmatamento. Seja pela falta de estrutura, pessoal e recursos financeiros para o combate efetivo aos crimes ambientais, seja pela influência direta do Congresso nas decisões do governo, dominado por uma poderosa bancada ruralista.

A COP-30, infelizmente, caminha para mais um fiasco, como ocorreram nas edições anteriores: muitas promessas e pouca ação.

Manaus,10 de julho de 2025.

Professor José Melo
Ex-Governador do Estado do Amazonas

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