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A AM acende alerta sobre seca: ‘temos certeza que vai ter uma dificuldade grande’

Essa é a principal forma de abastecimento de energia dos municípios do Amazonas, principalmente os mais distantes de Manaus.
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Foto: Edmar Barros/Agência Pública

A informação de que o período de estiagem no Amazonas, em 2024, deve ser adiantado em 30 dias e os impactos sentidos já a partir do mês de julho acendeu o alerta para os prefeitos dos municípios do estado. O presidente da AAM (Associação Amazonense de Municípios), Anderson Souza (prefeito de Rio Preto da Eva), em entrevista ao site ESTADO POLÍTICO, afirmou que os gestores municipais já tem ciência da grande dificuldade que os municípios devem enfrentar para manter serviços essenciais e atenuar os impactos de uma estiagem mais severa que a de 2023.

“Nós estamos bastante preocupados porque pelo nível da água que está hoje em pleno mês de junho nós temos certeza que vai ter uma dificuldade muito grande de mantermos, exatamente, os trabalhos essenciais”, disse o presidente ao site.

Anderson declarou que há um planejamento de ações de enfrentamento à estiagem sendo dialogado, desde março, com o governo estadual e federal.

Desde o mês de maio que estamos trabalhando com o governo do estado em busca de encontrar todos os problemas que tivemos ano passado, em termos de estiagem, para que pudéssemos justamente, por município, fazer um cronograma das suas necessidades reais, um planejamento. Isso foi feito tanto para o governo estadual quanto para o governo federal, sendo que este último fizemos por meio da bancada federal do estado, onde a Associação esteve presente, através na Marcha dos Prefeitos, com 38 prefeitos. Ali nós discutimos pontos por todas as calhas de rios que realmente mais precisávamos para enfrentar a grande estiagem. (…) providências estão sendo adotadas, entre elas estão: a dragagem dos rios e armazenamento de água potável”, disse o prefeito ao ESTADO POLÍTICO.

Questionado sobre a possibilidade dos municípios mais afastados viverem o mesmo risco da seca de 2023 da falta de combustível para termelétricas, o presidente da AAM afirmou que esteve reunido com a concessionária Amazonas Energia.

“Estivemos também com a própria Amazonas Energia, que procurou enviar combustível com antecedência para vários municípios e acredito que nós não teremos esses problemas que tivemos ano passado, porque não estávamos preparados.Hoje digo que estamos preparados porque o governo estadual, o governo federal já fizeram todo o estudo com antecedência e, com isso, nós vamos ter condições de enfrentar essa estiagem, como também as queimadas”, declarou.

Uma usina termelétrica é uma instalação industrial que gera energia térmica por meio da queima de combustíveis.

Essa é a principal forma de abastecimento de energia dos municípios do Amazonas, principalmente os mais distantes de Manaus.

Estiagem castigará AM já em julho

O período de estiagem no Amazonas, em 2024, deve ser adiantado em 30 dias. A informação foi divulgada pelo Governo do Estado na quinta-feira (20), após o governador Wilson Lima (UB) reunir com secretários para tratar do planejamento de ações de enfrentamento à estiagem.

“Desde fevereiro nós estamos nos mobilizando. Houve todo um planejamento assim que nós superamos aquela situação do ano passado e entramos pelo início do ano de 2024, fazendo esse trabalho e entendendo quais as ações que nós deveríamos implementar. E também a comunicação que nós deveríamos fazer principalmente aquelas empresas, órgãos, comércio, indústria, que tratam de serviços que são essenciais para a nossa população”, disse o governador na ocasião.

Durante coletiva, Wilson listou algumas das ações em andamento e outras que devem ser executadas nos próximo dias, entre elas as destinadas às áreas de saúde e educação.

Vazante dos rios

O secretário da Defesa Civil, coronel Francisco Máximo, apresentou um panorama da situação dos níveis dos rios.

Segundo ele, na Bacia do Solimões, observou-se uma desaceleração nos níveis entre fevereiro e abril.

Tabatinga teve uma redução de 37 cm em abril, indicando que a vazante na Amazônia peruana e brasileira se antecipou, o que afetará significativamente as bacias do médio e baixo Solimões.

Água

Uma das ações já em andamento é a garantia de água potável para as regiões mais distantes, que deverão ser afetadas pela estiagem.

“A Defesa Civil já realizou, este ano, a instalação de 42 estações de tratamento de água. A Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama) vai instalar, até o final do mês de setembro, mais 20 estações do sistema simplificado de tratamento de água, o ‘Água Boa’.  Desde 2019, Cosama e Defesa Civil já instalaram mais de 540 sistemas em todo o Amazonas”, informou o governo.

A partir da próxima terça-feira (25), a Secretaria de Estado de Saúde (SES) vai reforçar o envio de medicamentos e produtos da saúde para municípios das calhas do Alto Solimões, Madeira, Purus e Juruá.

“Isso vai proporcionar que a gente possa ir trabalhando com pouco mais de folga na assistência àquele usuário que mora naquela região do interior do estado”, declarou a secretária de Saúde, Nayara Maksoud.

Aula e merenda em Casa

Prevendo que em muitas regiões não será possível manter aulas presenciais, a Seduc (Secretaria de Educação) prepara projetos para garantir aula remota e entrega de merenda escolar em casa.

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