Segundo a pasta, o Brasil receberá em janeiro 4,3 milhões de doses de vacina para crianças entre 5 e 11 anos. Em fevereiro, a previsão é de mais 7,2 milhões e, em março, 8,4 milhões.
Até o fim do primeiro trimestre, o Brasil deve receber quase 20 milhões de doses pediátricas da Pfizer. Para completar a vacinação infantil, de duas doses, o país precisará de pouco mais de 40 milhões de doses.
A pasta diz ter encomendado quantidade suficiente para imunizar o público-alvo. Crianças mais velhas serão vacinadas primeiro, com prioridade para aquelas que tenham comorbidades ou deficiências permanentes.
Apesar de ter sido liberada pela Anvisa em 16 de dezembro, a entrada da vacina infantil da Pfizer na campanha coordenada pelo governo federal, porém, só foi confirmada em 5 de janeiro —na contramão ciência, o presidente Jair Bolsonaro (PL) é contra a vacinação infantil.
O Ministério da Saúde também anunciou que o intervalo entre doses será de oito semanas —a bula da vacina pediátrica da Pfizer recomenda apenas três semanas. Especialistas ouvidos pelo UOL dizem que o intervalo mais longo é “arriscado“.
A distribuição será feita na seguinte proporção:
Região Centro-Oeste (8,17%)
- Distrito Federal – 1,30%
- Goiás – 3,55%
- Mato Grosso do Sul – 1,47%
- Mato Grosso – 1,85%
Região Sudeste (39,18%)
- Espírito Santo – 1,93%
- Minas Gerais – 9,02%
- Rio de Janeiro – 7,49%
- São Paulo – 20,73%
Região Sul (13,17%)
- Paraná – 5,25%
- Rio Grande do Sul – 4,73%
- Santa Catarina – 3,19%
Região Nordeste (28,43%)
- Alagoas – 1,77%
- Bahia – 7,07%
- Ceará – 4,42%
- Maranhão – 4,02%
- Paraíba – 1,89%
- Pernambuco – 4,80%
- Piauí – 1,62%
- Rio Grande do Norte – 1,67%
- Sergipe – 1,17%
Região Norte (11,05%)
- Acre – 0,57%
- Amazonas – 2,77%
- Amapá – 0,55%
- Pará – 4,99%
- Rondônia – 0,93%
- Roraima – 0,38%
- Tocantins – 0,86%
Brasil vai ‘liderar’ vacinação de crianças; Bolsonaro é contra
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou na manhã de segunda-feira (11) que o Brasil vai liderar a vacinação infantil contra covid-19 no mundo assim que os imunizantes da Pfizer chegassem ao país.
O discurso está na contramão do que foi dito em dezembro por Queiroga, que desencorajou a vacinação do grupo, dizendo que o patamar de mortes na faixa etária dos 5 aos 11 anos não implicava em decisões emergenciais. Para o ministro, não havia “pressa” para vacinar crianças contra a covid-19.
Inicialmente, o Ministério da Saúde propôs a exigência de prescrição médica para crianças receberem a imunização, mas recuou. Depois, realizou uma consulta pública para que a sociedade opinasse sobre a vacinação infantil —mesmo com o aval da Anvisa.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) é crítico frequente da vacinação infantil. Ele já ameaçou divulgar o nome de técnicos da Anvisa responsáveis por aprovar o uso do imunizante infantil e também disse que a atitude da Anvisa é “inacreditável“.
Na semana passada, em entrevista a uma emissora de TV, Bolsonaro voltou a criticar a agência. Segundo a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), o tom do presidente é alarmista e sem fundamentação científica.

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