O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagraram nesta quarta-feira (2) a quarta fase da operação para investigar desvios de recursos destinados ao enfrentamento da pandemia de covid-19 no Amazonas. As investigações envolvem a contratação de um hospital pelo governo do estado, com indícios de inúmeras irregularidades, inclusive sobrepreço. A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por ter entre seus alvos o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), já denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em abril deste ano junto com outras 17 pessoas.
Os mandados de busca foram cumpridos nesta quarta-feira em endereços ligados a 18 pessoas (físicas e jurídicas), incluindo o governador, com o objetivo de apurar crimes da Lei de Licitações, de organização criminosa e desvios de recursos públicos. Um dos alvos, ligado a um grupo empresarial, recebeu os agentes a tiros. Não houve feridos. A pedido da PGR, o relator do caso no STJ, ministro Francisco Falcão, decretou a prisão temporária (por cinco dias) de seis investigados e autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de 27 pessoas e empresas. Também houve o sequestro de bens de 12 investigados, em valor que supera R$ 22,8 milhões.
Da redação
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