A deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) alertou que a privatização do setor elétrico é um risco para o Amazonas e lamentou a falta de incentivo para a participação de lideranças de comunidades rurais e ribeirinhas do interior na audiência pública que debateu o Processo de Desestatização da Amazonas Distribuidora de Energia. O evento promovido pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aconteceu na manhã desta terça-feira, 20 de fevereiro, no auditório do Senai, no Distrito Industrial, Zona Sul de Manaus.
Em sua fala, Alessandra reafirmou a posição do Poder Legislativo, que já emitiu opinião coletiva contrária à privatização do sistema elétrico do Estado. A deputada também ponderou sobre os riscos de apagão, o fim do programa Luz para Todos, o enfraquecimento da Tarifa Social e também o perigo das demissões em massa de urbanitários.
“A empresa Amazonas Energia, se for privatizada, não tenho dúvidas que programas como o Luz para Todos e a Tarifa Social e Rural não vão perdurar para a nossa população. É por isso que a nossa Assembleia Legislativa e o povo do Amazonas em sua maioria é contra a privatização, porque isso vai prejudicar principalmente a vida de quem mora no interior, vai gerar aumentos abusivos e vai gerar insegurança para mais de 2 mil funcionários”, comentou Alessandra.
Para o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Amazonas, Edney Martins, a audiência pública foi uma mera formalidade. Assim como a deputada, ele criticou a ausência dos trabalhadores no debate e também de representantes dos setores produtivos e de lideranças do interior do Estado. O entendimento da categoria é que houve uma espécie de “sabotagem” para esvaziamento da audiência pública.
“A audiência pública foi só para cumprir tabela, não cumpriu o dever de esclarecer a sociedade amazonense das consequências desse processo. Não trouxe à mesa atores importantes com a indústria, o agronegócio e o setor público para discutir o que será o futuro do abastecimento de energia elétrica no Amazonas”, criticou o dirigente.
Edney acrescentou que o sindicato está na Justiça, primeiro para evitar demissões em massa de trabalhadores. Outra ação jurídica visa suspender todo o processo de privatização da Amazonas Distribuidora de Energia.
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