Dados do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta quinta-feira (11), revelam que aproximadamente 261.723 pessoas vivem em Unidades de Conservação (UCs) no estado do Amazonas. O número representa 6,64% da população amazonense, índice acima da média nacional, que é de 5,82%.
O levantamento, inédito na série censitária do IBGE, mostra que o Amazonas ocupa a nona posição entre os estados com maior proporção de moradores em áreas protegidas. No Brasil, mais de 11,8 milhões de pessoas vivem em 1.138 Unidades de Conservação, áreas fundamentais para a proteção da biodiversidade, do clima e das populações tradicionais.
No contexto nacional, a maioria das pessoas residentes em UCs vive em áreas urbanas — 9,3 milhões (78,7%) —, enquanto 2,5 milhões (21,3%) estão em áreas rurais. A pesquisa também detalha o perfil populacional por raça e etnia: 51,12% se identificam como pardos, 35,82% como brancos, 11,92% como pretos, além de 2,39% quilombolas e 1,12% indígenas.
As Unidades de Conservação são espaços territoriais criados por lei para preservar ecossistemas, culturas e formas de vida sustentáveis. No Amazonas, grande parte dessas áreas abriga comunidades ribeirinhas e povos tradicionais, que dependem diretamente dos recursos naturais para a sua subsistência.
Especialistas destacam que o novo recorte do Censo é estratégico para o desenvolvimento de políticas públicas voltadas à regularização fundiária, inclusão social e conservação ambiental. A expectativa é que os dados subsidiem ações integradas de governo e ampliem a visibilidade de populações que, historicamente, vivem à margem do planejamento estatal.
Com esse resultado, o Amazonas reforça seu papel de protagonismo não apenas na preservação ambiental, mas também na complexa relação entre natureza e sociedade na região amazônica.
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