Centenas de trabalhadores da construção civil realizam, na manhã desta quarta-feira (02/07), uma grande manifestação em frente ao prédio da Superintendência Regional do Trabalho no Amazonas (SRT/AM), localizado no bairro Aleixo, zona Centro-Sul de Manaus.
O protesto ocorre durante mais um dia da greve da categoria, iniciada na última sexta-feira (27/06), e coincide com uma nova rodada de negociações entre o sindicato dos trabalhadores (Sintracomec) e o sindicato patronal (Sinduscon-AM), mediada pela SRT/AM.
Com faixas, cartazes e gritos de ordem, os operários reivindicam reajuste salarial de 12%, além de melhorias nas condições de trabalho, como aumento do valor da cesta básica para R$ 600, inclusão de plano de saúde, participação nos lucros e resultados (PLR) e mais segurança nos canteiros de obras.
Atualmente, a proposta apresentada pelo setor patronal é de apenas 3% de reajuste, o que foi recusado pelos trabalhadores. Segundo o Sintracomec, cerca de 70% dos 20 mil operários da construção civil em Manaus aderiram ao movimento, afetando mais de 30 canteiros de obras em diversas áreas da capital.
A paralisação, que já entra em seu sexto dia, começa a impactar o cronograma de obras públicas e privadas na cidade. Representantes das empresas alegam que a greve foi precipitada e reafirmam a disposição para negociar, desde que haja bom senso de ambas as partes.
A expectativa é de que a mediação marcada para esta quarta-feira traga avanços nas negociações. Caso contrário, o sindicato não descarta a ampliação da mobilização nos próximos dias, com novos atos e interrupções em pontos estratégicos da cidade.
A SRT/AM ainda não se pronunciou oficialmente sobre o andamento das conversas até o fechamento desta edição.
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