A juíza eleitoral Juliana Arrais Mousinho aceitou a representação ingressada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), contra Brena Dianná, por derrame de santinhos durante as eleições municipais deste ano, em Parintins, 370 quilômetros de Manaus.
De acordo com o órgão ministerial, Brena promoveu “derrame de santinhos” em várias ruas próximas a locais de votação, prática que ocorreu na véspera e no dia do pleito.
Brena foi condenada pela prática de propaganda eleitoral irregular, aplicando-lhe a multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), nos termos do art. 19, §7º, da Resolução TSE n. 23.610/2019 c/c art. 37, §1º, da Lei n.9.504/97.
Para condenar a candidata, a juíza ressaltou que o derrame ou a anuência com o derrame de material de propaganda no local de votação ou nas vias próximas, ainda que realizado na véspera da eleição, configura propaganda irregular, sujeitando-se a infratora ou o infrator à multa.
Preferida de Wilson Lima; pivô de operação da PF
A candidata era preferida do governador Wilson Lima, e mesmo “utilizando a estrutura” do governo, saiu derrotada nas eleições para o candidato do atual prefeito, Bi Garcia (PSD). Bi apostou no vereador Mateus Assayag (PSD).
As investigações sobre interferência nas eleições em Parintins tiveram início com a divulgação de vídeos em que a cúpula do governo do Amazonas se reúne para “definir” estratégias a favor da candidata de Wilson Lima à prefeitura de Parintins.
As suspeitas levaram a PF a Parintins na Operação Tupinambarana Liberta. Foram alvos da operação o ex-secretário da Cultura do Amazonas Marcos Apolo, o ex-secretário de Administração Fabrício Barbosa, o ex-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas Armando do Valle, o ex-chefe de Rondas Ostensivas, Jackson Ribeiro e o ex-chefe do Setor de Inteligência da Rocam Guilherme Navarro.
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