O Palácio do Planalto convocou o ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, para reunião nesta sexta-feira (6) sobre as acusações contra ele por assédio sexual. Entre as vítimas, estaria a ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco. A denúncia foi publicada pelo site Metrópoles.
O clima é de cautela. Antes de tomar decisão sobre a permanência de Almeida no governo, Lula quer ouvir o ministro, que está indignado com as acusações e afirma ter reunido provas a favor dele.
Anielle não se manifestou.
A CNN apurou que Almeida foi chamado pelo ministro da Controladoria Geral da União, Vinicius Marques, semanas atrás, e sido informado das acusações. Almeida respondeu que já sabia há 7 meses que circulavam denúncias do tipo e negou existência de casos.
De lá para cá, o ministro contratou advogados, um escritório formado por mulheres negras. E, em um tipo de compliance pessoal, reuniu a família, incluindo a esposa, para contar a pressão que vinha sofrendo e que novos desdobramentos poderiam ocorrer. Mais do que isso: Almeida reuniu cópias de imagens de lugares em que esteve com Anielle e troca de mensagens com a ministra como prova de que nunca se portou de maneira inapropriada com ela.
O ministro está decidido a processar todas as pessoas que o acusarem de assédio, sem provas.
Na conversa com o CGU, Marques incentivou Silvio Almeida a pedir demissão, caso fosse necessário. Diante da negativa de Almeida, o ministro da CGU teria respondido que, se o caso viesse à tona, Lula “terá dois ministros e um terá mentido”. Para o CGU, a tendência seria de demissão de Almeida e que, depois, Anielle também sairia.
Na mesma conversa, Silvio Almeida diz que duvidou em um primeiro momento que as denúncias viessem dela.
Envie seu comentário