Para se ter ideia, nos últimos 15 dias, o rio Solimões, principal tributário do Amazonas, maior rio do mundo, desceu 41 centímetros no seu nível.
O mais assustador foi que de ontem para hoje o Solimões baixou 10 centímetros. A descida foi três vezes maior do que o movimento de subida.
Destaque-se que o nível de cheia dos rios na pós-seca histórica de 2023 é muito aquém do normal para esta época do ano. O mês de abril, que sempre foi de muita chuva no inverno amazônico, neste ano não foi assim.
RIO MADEIRA
O fenômeno de descida de água do rio Madeira assusta ainda mais. De meados de março, quando começou a vazar, ele já baixou cerca de 7 metros.
Mais assustador ainda: nas últimas 24 horas, suas águas baixaram 36 centímetros.
O Madeira é um rio de grande importância para a economia das regiões Norte e Centro-Oeste. Por meio dele, comboios de balsas transportam soja, milho, carne, algodão e outros produtos.
Essa carga chega aos oceanos Atlântico e Pacífico.
Em sentido contrário, embarcações retornam carregadas com insumos para a agricultura, como calcário e potássio.
Para o polo industrial da Zona Franca de Manaus (ZFM), elas trazem insumos vindos de países asiáticos.
“Vamos colocar roda nas balsas. É o jeito. Eu estou assustado. Começo de junho e já temos todo esse volume de vazante. O Solimões já passando dos 40 centímetros”, disse Dodó Carvalho.
Ele é presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento da Navegação Interior (Abani).
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