O fato aconteceu após a paciente receber uma dose de medicamento errada no Hospital Regional de Tefé (a 522 quilômetros de Manaus).
Por Alessandra Aline
Uma jovem que não quis se identificar, 20, perdeu o filho no quinto mês de gestação no Hospital Regional de Tefé (a 522 quilômetros de Manaus). A jovem não teve a assistência que precisava dos médicos e profissionais da área da saúde, ao chegar sangrando e perdendo líquido. Depois de ser medicada com Cefalexina (antibiótico quimicamente parecido com a Penicilina, mas da família dos cefalosporinas, usado para combater bactérias e não vírus) pela enfermeira identificada como “Bruna”, no Posto de Saúde do Bairro do Abial.
De acordo com a cunhada da gestante, que também não quis se identificar, ela foi para o hospital porque estava sangrando muito e perdendo líquido. Porém o médico mandou voltar para casa, porque conforme o ele era normal. No dia seguinte retornou ao hospital, contudo estava na mesma situação, mas se negavam a dar assistência.
“Ela voltou no hospital, mas os profissionais falavam que não precisava internar e toda vez a deixavam em observação. Na terça-feira (10), quando foi pela última vez, exigimos que atendesse, pois o estado dela era grave. Porém apenas atenderam depois de uma ultrassonografia. Ela foi internada e na quinta-feira, por volta dàs 23h, sentiu dor e teve o bebê”, explicou a cunhada da gestante.
Ainda de acordo com a cunhada da gestante, a enfermeira “Bruna” que atende no Posto de Saúde do Abial, passou Cefalexina em comprimidos. Quando começou a sangrar e perder líquido, já tinha tomado 12 comprimidos. Foi quando procurou o Hospital Regional, para saber o que estava ocorrendo. Mas os profissionais do hospital não viram como algo grave. A cunhada acrescenta que a enfermeira que passou o medicamento é nova na profissão e tem pouca experiência. E como a paciente seria mãe pela primeira vez não sabia que a Cefalexina faria mal ao bebê.
“A enfermeira é nova na área de profissão, e a paciente seria mãe pela primeira vez, ou seja, ela não tinha ciência que o medicamento poderia fazer mal ao bebê” disse a cunhada da paciente.
A cunhada da gestante, informa que depois que o bebê nasceu demoraram para colocar no balão de oxigênio, logo faleceu. Ela ressalta que os profissionais não tiveram cuidado com a paciente. “Não deram a assistência que a mãe e o bebê precisavam. Não é a primeira vez que isso ocorre no Hospital Regional, depois da gestão do prefeito Normando Bessa”, finalizou a cunhada.
Conforme a farmacêutica Annie Canales, a cefalexina é um antibiótico utilizado dentre outras patologias para o tratamento de infecção urinária em gestantes, por não apresentar risco nem a mãe e nem ao bebê. Mas sempre com a orientação médica.
Até o momento a jovem continua no Hospital Regional do município de Tefé.
FOTO: Divulgação
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