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RS confirma 27ª morte após ciclone; número de vítimas no Sul chega a 28

Os novos óbitos foram confirmados pelo órgão estadual na manhã de hoje
Imagem: DIOGO ZANATTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Com seis novas mortes confirmadas no município de Roca Sales, o número total de vítimas do ciclone que atingiu o Rio Grande do Sul passou para 27, informou a Defesa Civil. Ontem, uma morte também foi registrada em Santa Catarina.

O que aconteceu?

Os novos óbitos foram confirmados pelo órgão estadual na manhã de hoje. Não há até o momento detalhes sobre se as vítimas eram da mesma família ou se estavam no mesmo ponto do município do Vale do Taquari.

A informação foi dada horas depois de pelo menos 15 corpos serem encontrados durante uma vistoria do Corpo de Bombeiros, que procurava por pessoas dadas como desaparecidas em residências de Muçum (RS), também no Vale do Taquari.

No caso de Muçum, os corpos estavam em diferentes residências, na mesma localidade da cidade, mas não há detalhes sobre isso, segundo a Defesa Civil. Outras seis mortes já tinham sido confirmadas antes no estado, entre elas, a de uma idosa que caiu junto a um policial no rio enquanto era resgatada na manhã de ontem.

O governador do RS Eduardo Leite disse que recebeu a notícia “com muita tristeza”: “Causa imensa dor, já configurando o maior número de mortes de um evento climático no Rio Grande do Sul”, afirmou em coletiva de imprensa.

Ao todo, mais 52 mil pessoas foram diretamente afetadas pelo ciclone, sendo 1.650 desabrigados e mais de 3 mil desalojados até o fim da tarde desta terça-feira (5), segundo levantamento da Defesa Civil Estadual.

Há uma preocupação para quinta-feira (7) “com a volta chuva no estado, e com a água ainda não baixando”, segundo o coronel Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira, subchefe da Defesa Civil.

Na manhã de hoje, uma equipe com membros do Governo Federal embarcou para o estado, onde deve acompanhar as operações de resgate.

Já falei com ministros, com o ministro Waldez Góes, da Integração, o ministro Múcio, da Defesa, o ministro Pimenta, que é um ministro gaúcho no Governo Federal, para ter todo o apoio do Governo Federal.Governador Eduardo Leite

Mortes

Além dos óbitos registrados no Rio Grande do Sul, o ciclone também deixou um morto em Santa Catarina, no município de Jupiá, após uma árvore atingir um carro durante a ventania.

O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina foi acionado para atender uma ocorrência e, ao chegar no local, se deparou com a árvore sobre a via e o carro, com o motorista já morto, disse a corporação. Ele estava sozinho dentro do carro no momento do acidente, informou a corporação.

A Polícia Científica foi até o local e teve de cortar a árvore para tirar o corpo do rapaz de dentro do veículo. Após isso, ele foi levado ao IML (Instituto Médico Legal).

As outras quatro mortes do Rio Grande do Sul foram registradas entre a noite do domingo e a manhã de segunda-feira (4): a de um homem eletrocutado em Passo Fundo; um homem de 41 anos preso em um carro levado por uma correnteza em Monte Castelhano e de um casal, um homem de 50 anos e uma mulher de 44 anos, que estavam em um carro que caiu em um rio em Ibiraiaras.

 

Um ciclone extratropical se formou no oeste do Rio Grande do Sul. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul também sentiram os efeitos do fenômeno.

‘Cenário desesperador’

A jornalista Jaqueline Manica, de Arroio do Meio (RS), diz ter visto uma inundação inédita no município. Ao UOL, ela afirmou que apenas duas quadras da região central da cidade foram poupadas da água.

Arroio do Meio não teve vítimas fatais até o momento, mas registra cerca de 2 mil deslojados. Na cidade, o nível do Rio Taquari superou os 35 metros, o que provocou enchente nas principais ruas.

Jaqueline conta que a população sofre por falta de água e luz, o que tem deixado as famílias preocupadas. “À medida em que vai acabando bateria de celular, as pessoas vão ficando apreensivas, porque daí não sabem como estão familiares”, relatou.

Agora já está baixando a água, mas ainda tem muitos pontos alagados pela cidade. Na região central, a água só não atingiu duas quadras, o resto está tudo alagado. O pessoal trabalhou a noite toda na remoção das famílias próximas do rio Taquari. É um cenário desesperadorJaqueline Manica, moradora de Arroio do Meio

O que fazer durante tempestades?

O Inmet orienta que a população das áreas afetadas por tempestades desligue aparelhos elétricos, observe alteração nas encostas, permaneça em local abrigado, proteja seus pertences da água envoltos em sacos plásticos em caso de inundação e, por fim, busque mais informações junto à Defesa Civil (telefone 199) e ao Corpo de Bombeiros (telefone 193).

 

 

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