Se não fosse casado com Rebeca Abravanel, filha de Silvio Santos, e ela quisesse seguir morando em São Paulo, não teria contrato.
Se Julio Casares não fosse o presidente, não haveria contrato.
Se não aceitasse um salário baixíssimo, de produtividade (para os seus padrões), não haveria contrato.
Se não tivesse a bênção das organizadas, não teria sido contratado.
Se não fosse Dorival Júnior o técnico, não haveria contrato.
Ou seja, vários fatores se juntaram para a terceira passagem de Alexandre Pato pelo Morumbi.
O seu retorno não é marcado por expectativa, longe disso.
Na verdade, desconfiança.
O atacante fará 34 anos em quatro meses. A última vez que mostrou desempenho aceitável foi na China, no Tianjin Tianhai. Desde então, foi muito mal no próprio São Paulo e no Orlando City, equipe dos Estados Unidos.
Desde que chegou ao Reffis do São Paulo, em fevereiro, para se recuperar de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho direito, Rogério Ceni havia avisado a direção do clube que não estava interessado em Alexandre Pato.
Não há qualquer inimizade entre eles. Mas o treinador sabia que Pato é um atleta muito irritadiço quando fica na reserva. E as prioridades de Ceni eram Calleri, Luciano e Erison, como homem de definição.

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