esposa de um dos pacientes mortos em uma clínica clandestina de reabilitação em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, afirmou à Record TV que, quatro meses após a morte do marido, a causa ainda não foi informada. Segundo Miriam Ferreira, a vítima foi encaminhada à clínica para fazer um tratamento contra o alcoolismo. “Eu não me conformo. Eu entreguei ele bem e recebi ele morto”, disse.
A clínica foi interditada na terça-feira (2) pela Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiás, por suspeita de submeter pacientes a maus-tratos e tortura. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, a clínica atuava de forma irregular e não oferecia condições mínimas de higiene.
Segundo a esposa da vítima, André Loiola, assim que ele chegou à clínica, ela foi informada de que estava tudo certo. Horas depois, funcionários ligaram para Miriam para dizer que o marido havia sido encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em razão de uma queda na pressão arterial.
Após ter questionado o que havia acontecido, a esposa de André foi informada de que o marido tinha morrido. “Recebi uma chamada no meu celular, e eles já foram dizendo assim, com essas palavras: ‘Dona Miriam, só para te avisar que o André chegou aqui na clínica, ele passou muito mal e veio a óbito’“, completou.
Ainda de acordo com a mulher, a clínica afirmou que André teria sido encaminhado ao hospital ainda vivo. À Record TV, ela disse que foi até a unidade de saúde e falou com o médico responsável pelo atendimento, que contradisse a versão do centro de reabilitação.
“Eu fui lá na UPA e pedi para falar com o médico que o atendeu no dia. Eles me atenderam e falaram que ele chegou lá sem vida, que eles ainda tentaram reanimá-lo, mas não teve nenhuma reação”, disse Miriam.
A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga o estabelecimento, e a delegacia de Luziânia (GO) abriu um inquérito policial para apurar uma denúncia de supostos maus-tratos e tortura na clínica, além de verificar os óbitos registrados no estabelecimento.
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