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Tomar vento gelado após um banho quente pode ‘entortar’ o rosto?

A paralisia de Bell, como também é conhecida, pode ocorrer por várias causas; por exemplo, infecções virais, doenças autoimunes e proliferativas, problemas oncológicos e traumas.
Foto: Divulgação

Depois de uma sexta-feira com frio intenso, especialmente em São Paulo e Mato Grosso do Sul, o fim de semana não será diferente. Neste sábado (22), por exemplo, as mínimas podem ficar abaixo de 10°C em várias cidades do Sul e Sudeste.

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), essa massa de ar polar começa a perder força no domingo (23). Porém, antes de isso acontecer, um velho mito já volta a circular: tomar vento gelado após um banho quente pode causar PFP (paralisia facial periférica)?

A resposta para essa pergunta, com base nas evidências científicas disponíveis, é simples: não.

“Esse mito transcende o tempo, mas na verdade não há nenhuma relação de paralisia facial periférica com calor ou frio, nem com golpe de ar”, diz Arthur Menino Castilho, presidente da SBO (Sociedade Brasileira de Otologia) e membro da Aborl-CCF (Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial).

Essa paralisia é um distúrbio que acomete o nervo facial, mais precisamente o sétimo nervo craniano. Ele passa por um processo inflamatório até que “pare de funcionar” ou funcione mal — visualmente, fica “torto”, segundo o especialista.

A paralisia de Bell, como também é conhecida, pode ocorrer por várias causas; por exemplo, infecções virais, doenças autoimunes e proliferativas, problemas oncológicos e traumas.

No caso das infecções virais, o vírus mais frequente é o da herpes, o mesmo que causa a herpes labial e genital, mas também o herpes zoster — responsável pela catapora e por quadros mais graves de PFP.

“Não sabemos por que algumas pessoas que têm o vírus da herpes acabam tendo paralisia facial, porque esse vírus é contaminante e praticamente todo mundo já teve contato com ele, mas é pequena a porcentagem que vai ter paralisia facial. Não sabemos ao certo o que faz esse vírus se reativar no nervo”, afirma Castilho.

A única relação, acrescenta o médico, é que os vírus dessa família preferem se replicar dentro do nervo, mas ainda há uma lacuna nos dados.

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