Um estudo da Consultoria Legislativa do Senado publicado em março apontou que a internet aumentou a chance de indução ao vício em apostas esportivas. O Ministério da Fazenda espera concluir uma proposta para formalizar esse mercado neste mês.
Os técnicos do Senado afirmaram que um dos pontos de risco ao vício é a facilidade em fazer apostas online.
Outra ameaça apontada foi o uso de algoritmos para as empresas se aproveitarem de propensões ao vício e transtornos mentais.
“Ao coletar dados dos apostadores ao longo do tempo, é possível gerar uma pontuação do apostador de forma a identificar aqueles mais propensos a apostar de forma recorrente, ou aqueles que apostam valores mais elevados, o que permite a manipulação do comportamento e das escolhas dos apostadores, por meio da personalização de promoções e bônus”.
De um lado, a Austrália foi citada como um exemplo de regulação em que o custo do governo superou o valor arrecadado com as taxações. Em 2014 e 2015, o estado de Victoria arrecadou 1,6 bilhão de dólares australianos, mas teve custos sociais de 6,97 bilhões de dólares australianos.
O Reino Unido, por sua vez, tomou medidas duras para evitar mais danos à saúde pública. Desde outubro do ano passado, proibiu que empresas usem jogadores profissionais, celebridades e influenciadores em propagandas ao público jovem. Também vetou qualquer apelo a crianças e jovens.
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