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Funcionária de empresa que deu calotes avisou a noiva: “Amiga, acabou”

Claudia Carneiro, 60 e o alemão Goetz Schuchart, 49, se casam daqui a dois meses e tiveram um prejuízo de R$ 90 mil com a Bluemoon, no Rio
Foto: Divulgação

Com a festa marcada para 2 de setembro deste ano na Vila Riso, sede da Bluemoon em São Conrado, zona sul do Rio, a noiva Claudia Carneiro, de 60 anos, soube que a empresa de casamentos havia quebrado na última sexta (1/7), através da ligação de uma funcionária.

“Amiga, acabou. A Bluemoon acabou. Ninguém mais entra na Vila Riso”, disse a mulher.

Foi nesse momento que Claudia descobriu que havia perdido R$ 90 mil reais da festa de seu casamento com o alemão Goetz Schuchart, de 49 anos.

A ligação foi da funcionária que fechou o contrato da Cláudia e com quem teve uma reunião há 15 dias. “Ela me mandou mensagem às 4h da manhã, perguntando qual seria o melhor horário para falar comigo. Achei aquilo muito esquisito. Quando foi mais tarde ela me ligou e falou que a Bluemoon tinha acabado. Perguntei a ela sobre meu dinheiro, meus R$90 mil. Ela falou que eu tinha perdido”, relatou Claudia Carneiro ao Metrópoles.

MP

Na quarta-feira (6/7), o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) instaurou um inquérito civil para investigar as denúncias envolvendo a empresa Bluemoon Entretenimentos, especializada em casamentos, que fechou sem cumprir os contratos com seus clientes, deixando centenas de noivos na mão.

A empresa passou a ser investigada no último final de semana, quando vários casais tentaram fazer contato com a Bluemoon, mas sem sucesso e decidiram procurar a Polícia Civil. A 15ª DP investiga o caso visando determinar os crimes cometidos. Em nota, eles disseram que os responsáveis pela empresa serão intimados a prestar declarações.

Reunião

Há 15 dias, Claudia teve uma reunião com a empresa para solicitar a devolução do buffet, já que ela não gostou do que foi oferecido a eles. Fora isso, todos os outros fornecedores, como o espaço, bolo e doces estavam garantidos no contrato dos noivos.

“Isso é estelionato de alto nível. É inacreditável. Há 15 dias tive uma reunião com eles para reaver o valor do buffet. Falou com o diretor para combinar a data do pagamento e disse que estava preocupada, porque uma casa de festa renomada em São Paulo havia fechado. Ele disse: ‘Imagina, isso jamais aconteceria, dou a minha palavra de honra a você. Não se preocupe com isso’. Em seguida me deu um abraço”, contou Claudia à reportagem.

Convites entregues na Alemanha

Claudia e Goetz estão juntos há seis anos, oficializaram a união em 2021 e queriam fazer uma festa para celebrar o momento. Há três meses, a noiva esteve na Alemanha para entregar os convites e estava tudo planejado para a chegada da família do marido.

“Pensamos em um lugar que não tivesse escada e fosse de fácil acesso, já que o pai dele e a tia são bem idosos. Escolhemos aquela casa, com uma vista bem bonita do Rio de Janeiro, pensando justamente nos convidados que vem de fora e não conhecem a cidade. Todos os convites na Alemanha e para minha família do Recife já foram entregues. Eles já compraram passagem e reservaram hotel. Faltam só dois meses, né?”, disse a noiva que está preocupada com a situação.

A Vila Riso, salão de festa onde funciona a sede da empresa e também onde seria o casamento de Cláudia, é uma entre dez casas de luxo que têm parceria com a Bluemoon. São elas: Mansão Santa Teresa, Germania Garden, Mansão Rosa, Solar das Palmeiras, Palladium, Germânia Garden, Soul, Solar Imperial e Quinta do Chapecó.

Até o momento a empresa não oficializou a falência, apenas disse em uma nota nas redes sociais que passou por problemas financeiros devido a pandemia.

 

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