Diante da ofensiva do núcleo duro da campanha do presidente Jair Bolsonaro para emplacar a ex-ministra da Agricultura e deputada Tereza Cristina (PP-MS) como vice na chapa à reeleição, aliados tem estimulado o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto a iniciar uma agenda própria de viagens pelo país para não perder o posto para a ex-colega de Esplanada. Os entusiastas do nome do general defendem que ele busque aproximação com empresários e organizações ligadas à Educação e ao Meio Ambiente, dois setores em que o presidente enfrenta resistências.
Há dois meses, o titular do Palácio do Planalto dizia que Braga Netto tinha “90% de chances” de ser seu vice. O discurso mudou e, anteontem, Bolsonaro deixou claro que cogita entregar a vaga à parlamentar do PP, um dos partidos do Centrão. Ela agrada à chamada ala política da campanha, encabeçada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ministro da Casa Civil e correligionário da deputada, Ciro Nogueira.
Eles alertam Bolsonaro de que a opção por Tereza Cristina pode ser importante para atrair o eleitorado feminino, público que apresenta forte rejeição ao presidente. Argumentam ainda que ela tem boa interlocução com o empresariado e trânsito na clássica política, diferentemente de Braga Netto, personagem distante dos principais nomes do Congresso e dos caciques partidários.

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