A assombração do governador Wilson Lima (PSC) tem cor, nome e deixou um rastro incalculável na saúde do Amazonas e na mente dos amazonenses. Em processos que correm parte em segredo de Justiça, apuram a participação do governador na compra com suspeita de superfaturamento de aparelhos respiratórios e no enfretamento da crise sanitária no Estado, em especial, sobre a falta de oxigênio.
O inquérito nº 1.13.000.000061/2021-04, é um dos que “asfixia” Wilson Lima, pois, apura possível improbidade administrativa na atuação de agentes públicos diante da crise sanitária no estado do Amazonas. Além de possíveis falhas de planejamento para apoio logístico e opção por indicação de tratamento precoce com eficácia questionada no mês de janeiro de 2021.
A representação foi ingressada pelo Ministério Público Federal (MPF) e busca combater a corrupção em uma das principais pais do Amazonas, a da saúde.
O inquérito traz trechos de informações sobre o trabalho feito pelo governador Wilson Lima no enfrentamento da crise sanitária, com informações repassadas, inclusive, pela empresa que fornecia oxigênio para o Estado.
Nesses depoimentos, a empresa chegou a relatar que acionou o governo para informar que não iria conseguir atender a demanda do Estado em relação ao fornecimento do produto medicinal.
Ainda no inquérito, é possível verificar que os danos causados a população Amazonense foram irreparáveis (…) que a falta de oxigênio na Rede Pública de Saúde se deu no Estado do Amazonas, por conseguinte o elevado pico de mortalidade.
“A deficiência de gerência e planejamento do Governador, demonstra claramente que os gestores a frente da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas, se eximiram de realizar medidas para minimizar os fatos ocorridos em 14/01/2021, visto que o aumento do número de novos casos de COVID-19 se dá no Brasil, entretanto, é no Amazonas que se encontra o caos instalado, um verdadeiro cenário de terror”, diz outro trecho do inquérito.
Outra parte do documento fala que somente após todo o ocorrido que, o Governador Wilson Lima anunciou o decreto a restrição de circulação de pessoas entre 19h e 6h, atitude essa que poderia ter sido adotada há meses atrás, conforme recomendação realizada pelo senhor Jesem Orellana, Epidemiologista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz do Amazonas, a qual fora ignorada.
1ª Série documentada “asfixia”
A reportagem trará uma série de informações de inquéritos que tramitam na Justiça sobre o enfrentamento da Covid-19 no Amazonas.
Da redação
Foto: Divulgação

Envie seu comentário